A educação inclusiva é um conceito que busca garantir que todas as pessoas, independentemente de suas características ou condições individuais, tenham acesso a uma educação de qualidade. Isso lhes permite desenvolver todo o seu potencial e participar plenamente da sociedade.

O conceito de inclusão escolar de crianças deficientes é relativamente recente, se tomarmos como paradigma a história da Educação brasileira.

Foi a partir dos anos de 1990, com a Declaração de Salamanca (1994) que o processo iniciou seus primeiros passos. 

Até bem pouco tempo, era comum que todas as crianças deficientes, não importasse o grau de deficiência, fossem atendidas apenas pelas escolas especializadas, onde permaneciam segregadas do convívio social mais amplo.

Ainda que as escolas especiais fizessem um excelente trabalho, com uma vasta gama de profissionais especializados, é inegável reconhecer que a grande maioria das crianças se beneficiam da convivência proporcionada na inclusão em escolas regulares.

Mas foi a partir da década de 2000 que o movimento tomou corpo. Um amplo cobertor legal se formou para proporcionar essa integração como direito constitucional de toda criança brasileira. 

Com isso, a Lei Brasileira de Inclusão (2015) trouxe as garantias que as famílias necessitavam para exigir seus direitos e combater a segregação.

A escola regular está preparada para a inclusão?

Inclusão na educação envolve uma mudança fundamental de paradigma e deixa de lado o modelo tradicional de educação segregada que tende a excluir pessoas com deficiências.

Ainda que amparado por lei, o processo não se mostrou tão eficiente do ponto de vista dos educadores e das escolas regulares, que sempre estiveram focadas nos alunos de alto rendimento.

Entender que um aluno deficiente demanda estudo, qualificação, entendimento, força de vontade e adaptações curriculares e de estrutura física, assustaram, também, as escolas.

Levou algum tempo para que escolas e educadores começassem a entender seu papel e a receber com qualidade essas crianças e jovens. 

Um alto investimento em materiais e formação de professores ainda se faz necessário. O professor precisa se qualificar, a instituição precisa investir, valorizar a diversidade e promover a equidade de oportunidades.

A implementação da educação que tenha  a inclusão como prioridade,  pode ser um desafio em muitos sistemas educacionais, especialmente em países em desenvolvimento ou com recursos limitados. 

Porém, para garantir que a educação inclusiva seja uma realidade para todos os alunos, é necessário um compromisso sólido e sustentado de todas as autoridades educacionais.

Afinal, quem mais se beneficia com a inclusão?

Os benefícios da educação inclusiva são muitos. Ao promover a diversidade e a inclusão, as escolas podem criar um ambiente mais acolhedor e solidário para todos os alunos.

Um ambiente acolhedor também pode melhorar o desempenho acadêmico e a autoestima dos alunos com deficiências e necessidades especiais, além de prepará-los para uma vida plena e independente após a formatura.

Mas os maiores beneficiados de um sistema baseado no respeito às diversidades, é a própria escola. Estudos demonstram que os números de violência e indisciplina diminuem, pois num ambiente emocionalmente estável, todos são responsáveis pela convivência. E isso também é aprendido.  

Devemos olhar para a educação como algo completo, inteiro, que agrega e não divide. Veja os benefícios que temos:

1. Promove a inclusão de todos os alunos, independentemente de suas habilidades, necessidades ou limitações;
2. Estimula o desenvolvimento de habilidades sociais e o senso de respeito e tolerância entre os alunos;
3. Ajuda a melhorar o desempenho acadêmico dos alunos, pois oferece acesso ao mesmo material e informações para todos;
4. Estimula a criatividade e a colaboração entre alunos com diferentes habilidades e necessidades; e
5. Estimula o desenvolvimento de habilidades de vida importantes, como a resolução de problemas, tomada de decisões e trabalho em equipe.

Uma das principais vantagens da educação inclusiva é que ela permite que todos os alunos desenvolvam uma compreensão e apreciação das diferenças humanas.

Além disso, a educação inclusiva pode melhorar o desempenho acadêmico dos alunos, pois os educadores são incentivados a adaptar suas práticas de ensino para atender às necessidades individuais de cada aluno.

Por que ainda é tão comum vermos escolas resistentes em receber alunos deficientes?

Uma abordagem inclusiva se concentra em fornecer suporte individualizado e personalizado para atender às necessidades de todos os alunos. Existem aqueles que podem exigir adaptações curriculares ou tecnologias assistivas e a escola deve ajudá-los a alcançar o sucesso acadêmico e pessoal.

Isso requer uma ação colaborativa e multidisciplinar que envolve pais, professores, administradores escolares e especialistas em educação especial.

As escolas podem ser resistentes em ter alunos deficientes matriculados porque muitas vezes não estão preparadas para dar o suporte necessário a esses alunos. 

É importante lembrar que todos os alunos merecem oportunidades iguais e devem ter o direito de ter seu potencial realizado.

 Assim, as escolas precisam estar prontas para fazer o que for necessário para garantir que os alunos deficientes tenham as mesmas oportunidades que os demais.

A educação inclusiva envolve a criação de salas de aula e escolas que atendam a todas as crianças, independentemente de suas diferenças. 

Isso significa que os educadores devem adotar práticas pedagógicas que sejam flexíveis o suficiente para acomodar diferentes estilos de aprendizagem e necessidades especiais.

Por exemplo, alguns alunos podem precisar de ajuda extra para ler, escrever ou processar informações, enquanto outros podem ter dificuldades sociais ou emocionais que precisam ser abordadas.

Para superar essas barreiras, é necessário um compromisso firme das escolas, educadores e comunidades em geral. Assim, toda a comunidade pode garantir que todas as crianças tenham acesso à educação de qualidade. 

A Inclusão de crianças deficientes nas escolas regulares já é uma realidade inexorável!

Muitas entidades especializadas em educação já se preocupam com esses conceitos.

Isso pode incluir a alocação de recursos adequados, treinamento e apoio para educadores, a promoção de uma cultura de inclusão e o engajamento de pais e comunidades para apoiar a inclusão de alunos com deficiência. 

Quando as escolas adotam uma abordagem inclusiva, todos os alunos se beneficiam, independentemente de sua capacidade ou deficiência.

Em resumo, a educação inclusiva é uma abordagem fundamental para garantir que todas as crianças tenham a oportunidade de receber educação de qualidade, independentemente de suas diferenças. 

A inclusão é importante não apenas para garantir que todos os alunos tenham as mesmas oportunidades, mas também para criar uma sociedade mais justa e equitativa.

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